quarta-feira, novembro 16, 2005

Fora isso...

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Todos conhecem a história do cara que, logo após o assassinato, perguntou:— Fora isso, Mrs. Kennedy, o que a senhora achou de Dallas?
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Luis Fernando Veríssimo

quinta-feira, novembro 03, 2005

Prémio Gestão 2005

Numa incrível demonstração de boa gestão, a Galp anunciou um aumento de 80% nos lucros até ao 3º trimestre. Tudo isto foi conseguido, como é sabido, "quase" sem reflectir no consumidor a subida do preço do crude.
Antes da liberalização, as distribuidoras podiam já baixar o preço dos combustíveis: havia apenas um máximo legal. No entanto, devido ao cartel existente, este preço não baixava. A excepção era um ou dois locais, nomeadamente junto a hipermercados, a que o portuguezinho associava logo menor qualidade (esta é uma lógica que me escapa; já vi uma senhora num hipermercado a dizer que não ia comprar o detergente que comprava sempre porque estava em promoção, logo devia ter alguma problema!).
Entretanto, utilizando mais uma lógica que me escapa (será problema meu?), foi mais ou menos vendido que a liberalização (ou seja, o fim da existência de um valor máximo definido pelo governo) levaria à baixa de preços. Obviamente, não levou.
Entretanto, a subida do preço do crude nos mercados internacionais veio baralhar as contas. Antigamente o governo utilizava uma fórmula, baseada no passado recente dos preços do petróleo, para calcular o tecto dos preços do combustível. Está esta fórmula disponível? Seria curioso comparar os preços actuais com o que seria o máximo se não tivesse havido liberalização. Sinceramente desconheço o resultado, pois infelizmente nunca vi essa análise em lado nenhum.

terça-feira, novembro 01, 2005

Ser pacifista

"Lotte foi presa pelos nazis com a mãe e a irmã e enviada para Ravensbrück, onde a mãe morreu de tifo e esgotamento. Lotte e a irmã, Margrit, foram transferidas para Theresienstadt. Gostaria de poder dizer que foram soltas por manifestantes pacifistas, de cartazes em punho, proclamando «façam amor, não a guerra». Mas a verdade é que foram libertadas, não por idealistas pacifistas, mas por soldados de capacete e metralhadora. Nós, os pacifistas militantes israelistas, nunca esquecemos isto quando lutamos contra o comportamento do nosso país em relação aos palestinianos, mesmo quando trabalhamos por um compromisso viável e pacífico entre Israel e a Palestina".

Amos oz, excerto de discurso a 28 de Agosto último ao receber o Prémio Goethe