- Algures, numa terra distante, havia uma ilha de merda. Sem nome nem nada. Uma ilha de merda com a forma de um monte de merda. Ali cresciam palmeiras com uma forma de merda. E as palmeiras davam cocos que sabiam a merda. Mas ali também havia macacos que adoravam os cocos que sabiam a merda. E cagavam excremento de merda. A merda caía na terra, aumentava a camada de merda e as palmeiras de merda que ali cresciam eram cada vez mais de merda. Um círculo vicioso.
Bebi o resto do café.
- Aqui sentado a olhar para ti, lembrei-me da história da ilha de merda - disse eu a Noboru Wataya.
(Crónica do Pássaro de Corda, Haruki Murakami, p. 219)
ps: não que a passagem seja especialmente representativa da obra, mas apeteceu-me guardar este trecho porque pode ser útil para usar em alguma conversa no futuro.
5 comentários:
http://estadocivil.blogspot.com/2007/05/o-murakami.html
sim... pode sempre ser útil... numa conversa de merda! :P
E com isto tenho curiosidade em ler o livro, mesmo.
Atenção que, como escrevi, a passagem não é representativa. O livro não é sobre ilhas de merda..
Ainda assim.
Hoje estive com o livro na mão, para oferecer a uma colega que o queria, mas eu nunca tinha ouvido falar e li algumas coisas e fiquei com a pulga atrás da orelha!! Mas uma pulga boa!
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