Ontem noticiava-se que, agora que a lei não permite cobrar o aluguer dos contadores de água, as autarquias vão, numa atitude típica do país-que-temos, passar a aplicar uma "taxa de disponibilidade".
No editorial do Público de ontem, José Manuel Fernandes dizia que "é imcompreensível que [...] se tenha aprovado na Assembleia da República uma lei [para] abolir a chamada taxa do contador". Acrescentava que "não cabe na cabeça de ninguém que viva com os pés assentes na terra que a forma correcta de optimizar os consumos de água seja abolir uma taxa que fazia parte do preço final pago pelos consumidores".
São os pequenos mistérios da vida que a fazem bela. Por exemplo, é um pequeno mistério como é que alguém, depois de ter meditado sobre o assunto, acha que uma taxa fixa (= não dependente do consumo) é um bom método para manter os consumos baixos. É um mistério um pouco maior como é que esse alguém pode chegar a director de um grande jornal.
quarta-feira, maio 21, 2008
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