Miss Jean Brodie é uma das personagens ficcionais mais amadas na literatura britânica do pós-guerra, e uma das raras cujo nome é uma imagem de marca. Mas se arrastássemos um microfone ao longo da Princes Street em Edimburgo, e perguntássemos às pessoas o que é [que] elas «sabem» sobre Miss Brodie, aquelas que tivessem lido o livro de Muriel Spark limitar-se-iam provavelmente a recitar alguns dos seus aforismos: «Estou no meu apogeu», «vocês são a fina-flor», «estamos cercados por filisteus, Mr. Lloyd», e por aí fora. Estes são os famosos ditos de Jean Brodie. Ningúem, por outras palavras, «conhece» realmente Miss Brodie.
(A mecânica da ficção, James Wood, trad. de Rogério Casanova, pp. 130-1)
Como é óbvio, há aqui uma pergunta que se impõe: como sabe este caralho que eu comprei o meu The Prime na Waterstone's da Princes Street?
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2 comentários:
Tanta cultura...
Não li.
Quando me apetecer.
És uma espécie de Lucky Luke dos comentários.
Referias-te ao "mecânica da ficção", ou à Jean Brodie? Se ao último, é um livro pequenito que gosto muito. Há uma tradução nova na Ahab (que agora se chama "O apogeu de Miss Jean Brodie"), mas não sei dizer se é melhor que a antiga que andava aí ("Miss Jean Brodie na Flor Da Idade").
Também pensei que o post pudesse soar um bocado pedante, mas meti um caralho (salvo seja) para afastar qualquer eventual pedantismo.
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