terça-feira, julho 11, 2006

O Outono em Pequim

É oportuno, nesta altura, fazermos uma breve pausa, porque isto vai passar a ter coesão e a dividir-se em capítulos normais. Há uma razão para isso: é que já temos uma rapariga, uma linda rapariga. [...] Com as raparigas é preciso haver tristeza, [...] é algo que nasce com elas. Com as bonitas. Das feias, pouco há a dizer: já basta que existam. Aliás, são todas bonitas.
Uma chama-se Cobre, outra Lavanda, e os nomes de algumas aparecerão depois, mas não neste livro, nem sequer nesta história.
Haverá muita gente na Exopotâmia, visto que é o deserto. As pessoas gostam de reunir-se no deserto, porque há lá lugar. [...] Arthur Eddington ensinou um processo para recuperar os leões que o deserto comporta: basta peneirar a areia e os leões ficam na rede. [...] Eddington esqueceu-se de que existem também os calhaus. Creio que, de vez em quando, vou falar em calhaus.

(Boris Vian)

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