Quando escrevi, ainda sem saber exactamente a classificação dos outros grupos, disse que era importante ficar em primeiro do grupo, para evitar a Argentina e a Alemanha. Assim foi, e Holanda e Inglaterra comprovaram serem bons adversários para nós. Foram, contudo, ambos jogos muito difíceis. A verdade é que ainda não convencemos o Mundo, mas estamos nas meias-finais.
Já se sabia que tínhamos um grupo muito fácil (o México era sem dúvida o pior cabeça de série, e Irão e Angola são o que são), mas que o próximo jogo seria muito difícil: ou a Argentina (um dos grandes favoritos) ou a Holanda (o melhor não-cabeça de série, juntamente com Portugal). Confirmando esses prognósticos, o Portugal-Holanda era o jogo mais equilibrado dos oitavos, juntamente com os jogos entre os grupos G e H (França-Espanha e Ucrânia-Suiça), e estes porque a França decidiu estragar as contas ao ficar em segundo lugar.
Ainda que batendo o recorde de expulsões o jogo acabou por correr bem; um jogo típico Filipão, disseram os brasileiros (que na altura ainda sonhavam com o bi-tri). No jogo seguinte, com a Inglaterra, voltamos a não impressionar, mesmo contra dez. Foi preciso um novo recorde (desta vez o de número de defesas de um guarda-redes num só jogo, nos penalties) para os ultrapassar. Sempre pensei que o Scolari tinha vendido a alma a alguém muito poderoso lá em cima (ao mesmo a quem o Mourinho vendeu a sua, imagino), mas uma alma já não chega: para ter tanta sorte, o homem vendeu, imagino, a alma da família toda.
Estamos então nas meias-finais, e não convencemos o Mundo: temos tido sorte, e além disso "mergulhamos" e pressionamos os árbitros; é esta a opinião de Holandeses, Ingleses, Franceses, Brasileiros. O mesmo se tinha passado com a Grécia há dois anos: foram campeões, mas não conseguiram ser verdadeiramente considerados a melhor equipa da Europa.
Entretanto, ainda não apareceu o jogador do Mundial. Teoricamente este devia ser o Mundial em que Zidane entregaria a coroa a Ronaldinho (que entretanto tinha sido já emprestada ao Ronaldo em 2002), mas Zizou achou que ainda não tinha chegado a altura, e Ronaldinho até concordou, passando ao lado do mundial. A eleger uma figura, até agora, penso que ainda terá que ser Zidane.
Do nosso lado o mágico é Deco, mas este também ainda não apareceu: no primeiro jogo não jogou por não estar a 100%, no terceiro foi poupado, a meio do quarto foi expulso, e no quinto estava castigado. No jogo do Irão mostrou um ar da sua graça, é verdade, mas ele consegue mais. Agora ele e Cristiano Ronaldo estão frescos, o que pode ser um ponto positivo para nós (ao contrário de um Figo, por exemplo, que me parece que já não aguenta 90 minutos).
Assim como queria evitar Argentina e Alemanha, também considero que um jogo com o Brasil seria muito difícil para nós: são parecidos connosco, mas melhores. Ainda assim, a França é o nosso histórico carrasco das meias-finais.
Será hoje que vamos convencer o Mundo? Será afinal a Deco que Zidane vai passar o testemunho?
Evitar novamente a Alemanha, é tudo o que peço.
quarta-feira, julho 05, 2006
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1 comentário:
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
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