Estou a ver o No Direction Home no canal 2 e vou-me rindo, alternadamente, das respostas de Dylan aos jornalistas (Quantos escritores de intervenção como eu existem? Ah? Quer saber quantos? Cerca de 136. 136 ou 142.) e da legendagem (péssima). Um exemplo, de memória: sobre um concerto, alguém se refere ao "sound coming from the speakers"; tradução: "o som vindo dos intervenientes(!)". Segundo exemplo: Dylan falta de pessoas comuns, "people like you and me"; tradução: "as pessoas gostam de você e de mim". (não estive sempre a ouvir com atenção, confesso, e pode até ter-me falhado alguma coisa nestes exemplos, mas haveria vários outros igualmente maus)
Assim como em pequenos acreditamos que os nossos pais sabem tudo, também acreditamos que os vários profissionais são competentes. Lembro-me de ter começado a dar formação (tinha 15, 16 anos) e a partir daí olhar de forma diferente para os meus professores, percebendo o quão incompetentes eram na generalidade. A mesma coisa se passou quando tive o primeiro emprego fixo, e olhei em volta e vi que a incompetência era a normalidade.
E lembro-me de pensar, assustado, que o mesmo se deve passar nas profissões às quais vou confiando a minha vida, desde médicos a pilotos de avião. Ainda não recuperei do susto.
sábado, novembro 03, 2007
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