- Pedro, pá, chamei-te porque estamos com problemas, os dois.
- Então que se passa, Sr. Primeiro?
- É assim, pá. Em primeiro lugar estou preocupado contigo. Como sabes no teu partido os presidentes não duram mais que 1 ou 2 anos, e tu já estás a chegar ao fim do prazo. Sei que andaste a vida toda a estudar para Primeiro, e era uma pena não chegares lá.
- Pois, também tenho andado a pensar nisso.
- E depois há outra coisa, pá. Amanhã vou à Angela mostrar mais um PEC para os calar um bocado, mas na verdade aquilo não vai chegar.
- Não vai chegar?
- Tá mau, pá. O Teixeira diz que ainda devemos ter dinheiro para Maio, mas para Junho já não sobra nada.
- Isso é mau, pá. Em Junho recebo o IRS, e sem isso não tenho como pagar uma semana na praia às minhas filhas nas férias grandes. E agora?
- Pá, sou o mestre da táctica, como sabes, e estava a pensar no seguinte: tu na próxima semana armavas aí confusão, dizias que não gostavas deste novo PEC, ou qualquer coisa assim. Eu dizia que sem o PEC não podia governar e demito-me, pronto, pá. Eu digo que foi culpa tua, tu dizes que foi culpa minha, e depois dizemos que por causa da crise política temos mesmo que chamar o FMI, ou lá como é que o Cavaco lhe chama. O bonito disto é que o FMI vem já depois de eu me demitir, e antes do próximo governo: ninguém tem culpa!
- Genial, Sr. Primeiro, Genial.
quarta-feira, abril 13, 2011
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2 comentários:
ehehehe, podia ter sido assim, ou se calhar na sala estava também o Padrinho banqueiro que é o verdadeiro mestre da táctica de como mandar num país usando esse truque que é o "faz de conta que é democracia".
:)
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