Há tempos o Rui Tavares escrevia no público, e também no seu blog, sobre o adivinhómetro do Vasco Pulido Valente (no caso sobre o extremismo muçulmano). Lembrei-me de um artigo que li do mesmo VPV, a 9 de Abril (um Domingo).
O objectivo do dito artigo era mais ou menos explicar-nos a cruzada valente do seu autor contra "o culto da saúde, da juventude e da perenidade da vida", e como o Vasco é uma espécie de Bolivar do século xxi, lutando bravamente pela liberdade de fumar. É sempre triste, apesar de frequente, ver pessoas inteligentes tentar justificar de forma idiota os seus vícios. Desta vez VPV vinha defender que "a evidência de que o fumo passivo prejudica a saúde está longe de ser conclusiva e não conseguiu persuadir a maioria dos peritos". A maioria dos peritos serão, claro, os companheiros de whisky de VPV. O curioso foi que, por enorme coincidência (ou alguém atento na redacção do Público?) o mesmo jornal viria desmentir o adivinhómetro, logo na quarta-feira seguinte.
Num artigo de Alexandra Campos com o título "Oito horas numa discoteca podem representar 15 cigarros para não fumador", a jornalista referia um estudo da Universidade do Minho que "que leva em conta a concentração de nicotina no ar e o volume de ar aspirado durante determinado tempo de exposição", para "estimar a quantidade média de cigarros "fumados" pelos não fumadores".
Mas, claro, o que são meros factos quando comparados com o adivinhómetro.
sexta-feira, setembro 08, 2006
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