sexta-feira, setembro 22, 2006

O Sol

Não comprei. Tinha curiosidade, confesso, mas sinceramente não me apeteceu contribuir para que o primeiro número fosse um sucesso (parece que esgotou, no entanto, mesmo sem a minha contribuição). E não li. Mas não tinha grandes ilusões.
A primeira pista era o próprio nome. O inglês The Sun, de quem o novo semanário copia o nome, não é propriamente conhecido pelo seu jornalismo sério. Pior, talvez, só se se chamasse O Espelho Diário.
Depois, o próprio José António Saraiva deixou tudo bem claro na entrevista com a Judite de Sousa. Quando a jornalista lhe perguntou se havia espaço para mais um semanário quando os jornais estavam a cair nas vendas, Saraiva respondeu (escrevo de memória) que isso era falso: que era verdade que os jornais de referência (Público, DN, Expresso) estavam a descer, mas jornais como o Correio da Manhã ou o 24 Horas subiam. Só era preciso, concluiu, escrever para o público certo. Seria preciso dizer mais alguma coisa? O post do Pedro Mexia vem confirmar isto, ao chamar ao jornal "o Correio da Manhã em semanário".
Mas nem era preciso o Mexia: já o sabia desde que o isento Isaltino Morais tinha chamado o jornal de "pasquim".

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