Quem diria que, afinal, o primeiro a bisar seria o porquinho feio?
Primeira derrota de Van Basten à frente da selecção laranja (que já não perdia desde o Europeu, nas meias-finais, contra Portugal), e Portugal está nos quartos após 40 anos. De lamentar as expulsões infantis, que significarão baixas importantes no jogo com a Inglaterra.
domingo, junho 25, 2006
Ele e ela
Fui um dos culpados pela necessidade de mudança, confesso. Como muitos outros, já não o comprava tanto como noutros tempos. Ainda assim, tive pena que tivesse que acabar. Na quarta-feira comprei a sucessora, para ver como se comparava a filha ao pai.
Quando ia a um concerto sabia que o Blitz seria dos poucos sítios onde poderia encontrar uma crítica ao espectáculo; essa era, portanto, uma das razões porque o comprava. No resto da imprensa, por alguma razão que me escapa, é normal ter o anúncio do concerto, com uns parágrafos sobre o artista retirados da internet, mas no dia seguinte nada de crítica. Procurei as críticas agora na nova Blitz mas, imagino que dentro da política de redução de custos, não encontrei nada. Por aí, portanto, não a vou comprar.
Semanalmente vou lendo o Y, e não é raro, mesmo tendo ele apenas meia dúzia de páginas, poder fazer um ou dois recortes de críticas a discos que não conheço e pretendo ouvir (obrigado João Bonifácio). Nas 120 páginas da Blitz não fiz nenhum recorte. Também não será por aí, portanto, que a vou comprar.
Tinha lido bons comentários ao novo formato, e que estão no caminho certo, e bla bla. A mim, a nova Blitz pareceu-me demasiado mainstream. Compreendo a necessidade de agradar a um público o mais alargado possível, mas tenho até dúvidas que esse público esteja interessado na Blitz. Quem vai ouvindo a música da semana das playlists das rádios, quem ouve James Blunt ou Nelly Furtado porque é o que está a passar na Comercial, não me parece que esteja muito interessado em ler críticas musicais sobre o novo álbum.
Não sei se o Jornal de Letras sobrevive bem ou mal; imagino que mal: o Eduardo Prado Coelho e os seus amigos comprarão o JL, e pouco mais. Mas encontrou um nicho de mercado, e é a esse que tenta agradar. Como o Saramago veio defender (não concordo muito, mas isso é outro post), ler será sempre coisa para poucos. Fazendo capas com, sei lá, Kazuo Ishiguro, o JL nunca terá uma tiragem tão grande como a Nova Gente, é verdade, mas é o seu nicho; não acredito é que passar a fazer capas com a Margarida Rebelo Pinto seja a solução para aumentar as vendas: os leitores da MRP, vamos admitir, não compram jornais de literatura.
E voltamos à Blitz. Posso então estar enganado, mas não acredito que os tais ouvintes-rádio-comercial estejam interessados numa revista de música. Talvez por isso, a tentativa é de deixar de ser apenas uma revista de música; mas como revista de cinema já existe melhor, como revista de videojogos também. Ficamos portanto com uma revista levezinha que fala sobre um pouco de tudo: música, cinema, jogos, até futebol. Pode ser que resulte, pode ser que seja isso que venda, não sei. Escusavam era de lhe chamar Blitz: não vão ser os leitores dele que a vão comprar a ela.
Quando ia a um concerto sabia que o Blitz seria dos poucos sítios onde poderia encontrar uma crítica ao espectáculo; essa era, portanto, uma das razões porque o comprava. No resto da imprensa, por alguma razão que me escapa, é normal ter o anúncio do concerto, com uns parágrafos sobre o artista retirados da internet, mas no dia seguinte nada de crítica. Procurei as críticas agora na nova Blitz mas, imagino que dentro da política de redução de custos, não encontrei nada. Por aí, portanto, não a vou comprar.
Semanalmente vou lendo o Y, e não é raro, mesmo tendo ele apenas meia dúzia de páginas, poder fazer um ou dois recortes de críticas a discos que não conheço e pretendo ouvir (obrigado João Bonifácio). Nas 120 páginas da Blitz não fiz nenhum recorte. Também não será por aí, portanto, que a vou comprar.
Tinha lido bons comentários ao novo formato, e que estão no caminho certo, e bla bla. A mim, a nova Blitz pareceu-me demasiado mainstream. Compreendo a necessidade de agradar a um público o mais alargado possível, mas tenho até dúvidas que esse público esteja interessado na Blitz. Quem vai ouvindo a música da semana das playlists das rádios, quem ouve James Blunt ou Nelly Furtado porque é o que está a passar na Comercial, não me parece que esteja muito interessado em ler críticas musicais sobre o novo álbum.
Não sei se o Jornal de Letras sobrevive bem ou mal; imagino que mal: o Eduardo Prado Coelho e os seus amigos comprarão o JL, e pouco mais. Mas encontrou um nicho de mercado, e é a esse que tenta agradar. Como o Saramago veio defender (não concordo muito, mas isso é outro post), ler será sempre coisa para poucos. Fazendo capas com, sei lá, Kazuo Ishiguro, o JL nunca terá uma tiragem tão grande como a Nova Gente, é verdade, mas é o seu nicho; não acredito é que passar a fazer capas com a Margarida Rebelo Pinto seja a solução para aumentar as vendas: os leitores da MRP, vamos admitir, não compram jornais de literatura.
E voltamos à Blitz. Posso então estar enganado, mas não acredito que os tais ouvintes-rádio-comercial estejam interessados numa revista de música. Talvez por isso, a tentativa é de deixar de ser apenas uma revista de música; mas como revista de cinema já existe melhor, como revista de videojogos também. Ficamos portanto com uma revista levezinha que fala sobre um pouco de tudo: música, cinema, jogos, até futebol. Pode ser que resulte, pode ser que seja isso que venda, não sei. Escusavam era de lhe chamar Blitz: não vão ser os leitores dele que a vão comprar a ela.
A referência no ataque
Em futebolês, dir-se-ia que nos falta uma referência no ataque.
A Alemanha tem o Klose com 4 golos e o Podolski com 3; a Argentina tem o Crespo e o Maxi Rodriguez, ambos com 3, assim como o Torres na Espanha; o Brasil tem o Ronaldo, a Ucrânia o Shevchenko, a França o Henry, todos com 2.
E Portugal? Cinco golos, cinco marcadores diferentes: Pauleta, Deco, Ronaldo, Maniche, Simão. Destes, só vejo o Pauleta a emergir como goleador da selecção. E quem sabe não é já hoje...
A Alemanha tem o Klose com 4 golos e o Podolski com 3; a Argentina tem o Crespo e o Maxi Rodriguez, ambos com 3, assim como o Torres na Espanha; o Brasil tem o Ronaldo, a Ucrânia o Shevchenko, a França o Henry, todos com 2.
E Portugal? Cinco golos, cinco marcadores diferentes: Pauleta, Deco, Ronaldo, Maniche, Simão. Destes, só vejo o Pauleta a emergir como goleador da selecção. E quem sabe não é já hoje...
quinta-feira, junho 22, 2006
Clube das Chaves
Já vai no final da quinta semana e nas primeiras esteve até em mais do que uma sala, por isso achei que já o podia ir ver sem ter a companhia de muitas pipocas. Não li o livro, por isso não posso comparar; posso falar do filme, apenas. Resumindo, o filme é uma espécie de "O Clube das Chaves e a Organização Secreta"; e não digo isto com sentido pejorativo, porque até gostava dos livros do clube das chaves. Pena que o resto do mundo não tivesse lido estes livros, porque se tivesse talvez não achassem tão original este Código da Vinci.
A cópia é óbvia: Sophie herda do avô uma chave que a levará de enigma em enigma. Não percebo como é que, no meio dos processos por plágio, não houve nenhum dos autores do Clube das Chaves. A principal diferença é que o filme se destina ao americano médio, que aparentemente é bem menos inteligente que o puto de 10 anos a que se destina o Clube das Chaves. A cada passo do filme há a necessidade de ser tudo explicado: entrando num bosque por trás do Arco do Triunfo, Tom Hanks olha em volta e exclama algo como: "Ah, isto é o Bosque de Bolonha"; ainda antes, ao ver um homem no chão, pernas e braços esticados, e um círculo a envolver o corpo (esqueceram-se do quadrado), diz: "Isto é o Homem de Vitrúvio"; e para ajudar o americano médio, que certamente ainda não percebeu, insiste: "uma das obras mais famosas de Leonardo da Vinci". Não sei se o livro sofre do mesmo problema, mas a julgar pela quantidade de livros a explicar tudo sobre a obra imagino que não; já sobre o filme não há nada a explicar, está lá tudo (irritantemente) chapado.
Tom Hanks está bem, mas é hoje vítima do próprio sucesso: é impossível vê-lo a correr, mesmo de mão dada com a Princesa Amélie, e não imaginar alguém a gritar Run, Forrest, Run; é impossível vê-lo a barbear e não o imaginar em seguida a falar com uma bola de basebol.
A Tautou tinha o papel ideal para saltar definitivamente para hollywood: um filme destinado a grandes bilheteiras, em que a personagem feminina principal é uma francesa a falar inglês; não esteve mal, mas não me tem conseguido convencer que é muito mais que uma cara bonita. Pela maneira como conduz um Smart em marcha atrás, no entanto, tenho de admitir que era a pessoa ideal para o papel.
No geral, e esquecendo que há um livro por trás, esquecendo que estamos a ter a honra de nos ser revelado o maior segredo da história, acabam por ser duas horas e meia de bom entretenimento. Se o filme está à altura do livro é algo que nunca hei-de saber.
A cópia é óbvia: Sophie herda do avô uma chave que a levará de enigma em enigma. Não percebo como é que, no meio dos processos por plágio, não houve nenhum dos autores do Clube das Chaves. A principal diferença é que o filme se destina ao americano médio, que aparentemente é bem menos inteligente que o puto de 10 anos a que se destina o Clube das Chaves. A cada passo do filme há a necessidade de ser tudo explicado: entrando num bosque por trás do Arco do Triunfo, Tom Hanks olha em volta e exclama algo como: "Ah, isto é o Bosque de Bolonha"; ainda antes, ao ver um homem no chão, pernas e braços esticados, e um círculo a envolver o corpo (esqueceram-se do quadrado), diz: "Isto é o Homem de Vitrúvio"; e para ajudar o americano médio, que certamente ainda não percebeu, insiste: "uma das obras mais famosas de Leonardo da Vinci". Não sei se o livro sofre do mesmo problema, mas a julgar pela quantidade de livros a explicar tudo sobre a obra imagino que não; já sobre o filme não há nada a explicar, está lá tudo (irritantemente) chapado.
Tom Hanks está bem, mas é hoje vítima do próprio sucesso: é impossível vê-lo a correr, mesmo de mão dada com a Princesa Amélie, e não imaginar alguém a gritar Run, Forrest, Run; é impossível vê-lo a barbear e não o imaginar em seguida a falar com uma bola de basebol.
A Tautou tinha o papel ideal para saltar definitivamente para hollywood: um filme destinado a grandes bilheteiras, em que a personagem feminina principal é uma francesa a falar inglês; não esteve mal, mas não me tem conseguido convencer que é muito mais que uma cara bonita. Pela maneira como conduz um Smart em marcha atrás, no entanto, tenho de admitir que era a pessoa ideal para o papel.
No geral, e esquecendo que há um livro por trás, esquecendo que estamos a ter a honra de nos ser revelado o maior segredo da história, acabam por ser duas horas e meia de bom entretenimento. Se o filme está à altura do livro é algo que nunca hei-de saber.
sábado, junho 17, 2006
Oitavos
Jogando bastante melhor contra o Irão do que havia feito contra Angola, a selecção nacional garantiu um lugar nos melhores 16. Segue-se o México, que me parece ao nosso alcance, e um empate basta para garantir o primeiro lugar do grupo. Dependendo dos resultados nos respectivos grupos, este primeiro lugar pode significar evitar a Argentina e, se lá chegarmos, evitar a equipa da casa nos quartos de final. E a partir daí tudo é possível...
quarta-feira, junho 14, 2006
Entulho
O essencial já tinha vindo durante o último ano: roupa, livros, dvd's, cd's.
Agora que a mudança teve que ser mesmo definitiva veio o que faltava: alguns discos de vinil; uma bandeira do benfica, comprada no 1º de Maio, num jogo com o Gil Vicente que deu o título ao glorioso e iniciou o maior jejum da sua história; um TK-95, versão brasileira do Spectrum e responsável por parte do que sou hoje; um busto de Lenine e outro de Marx, comprados em Viipuri/Vyborg, ali quem vai de Helsínquia para S. Petersburgo; uma fotografia emoldurada do Nick Cave; e dois ou três caixotes de - não me custa a admitir - entulho, que escaparam nesta limpeza mas que provavelmente não passarão a próxima.
Agora que a mudança teve que ser mesmo definitiva veio o que faltava: alguns discos de vinil; uma bandeira do benfica, comprada no 1º de Maio, num jogo com o Gil Vicente que deu o título ao glorioso e iniciou o maior jejum da sua história; um TK-95, versão brasileira do Spectrum e responsável por parte do que sou hoje; um busto de Lenine e outro de Marx, comprados em Viipuri/Vyborg, ali quem vai de Helsínquia para S. Petersburgo; uma fotografia emoldurada do Nick Cave; e dois ou três caixotes de - não me custa a admitir - entulho, que escaparam nesta limpeza mas que provavelmente não passarão a próxima.
segunda-feira, junho 12, 2006
Paridade
Tenho, confesso, um certo preconceito contra a discriminação. Não gosto, pronto. E não gosto quer seja "negativa" quer seja "positiva".
Em (alguns?) estados dos EUA, segundo penso saber, existem nas Universidades quotas para os elementos de minorias étnicas (leia-se negros e latinos). Sabendo que as pessoas nascem umas mais iguais que outras, este tipo de discriminação pode trazer algum tipo de justiça, reconheço. Mas significa, por um lado, que eu, negro, estou na Universidade não por mérito mas por ser negro. E que eu, branco, tendo notas iguais ao meu vizinho preto, fiquei de fora, enquanto ele entrou. Não me parece que seja este tipo de medidas que vai diminuir o ódio entre os dois mundos.
Em Portugal, voltou-se a falar das quotas para mulheres na Assembleia da República. O objectivo, mais uma vez, pode ser nobre, mas insisto: eu, como mulher, acharia insultuoso ser deputada não por ser a melhor para o lugar mas por faltar alguém para perfazer uma percentagem artificial. Além disso, não vejo bem que uma melhor distribuição por sexo dos deputados seja uma vantagem. Não me parece provado que as mulheres fossem representar melhor as vontades das eleitoras, nem me parece que seja um grande desejo das mulheres ter mais deputadas: se o for, alguém que crie um partido apenas de mulheres, que terá mais de metade dos votos garantidos.
Para mim, um país ter uma grande percentagem de mulheres no parlamento é apenas um bom sinal: um reflexto da sociedade, significando que nesta existe a tão desejada igualdade entre sexos. Mas se isto se obteve na AR artificialmente, por quotas, então não é bom sinal nenhum: é apenas sinal que alguém decidiu atalhar e mascarar a desigualdade por decreto.
Tomem-se medidas para que a igualdade na sociedade seja uma realidade, e isso será repercutido em todas as profissões, incluindo a de deputado. Se se confundir causa com efeito e se atacar o efeito, as causas continuarão lá como sempre.
Em (alguns?) estados dos EUA, segundo penso saber, existem nas Universidades quotas para os elementos de minorias étnicas (leia-se negros e latinos). Sabendo que as pessoas nascem umas mais iguais que outras, este tipo de discriminação pode trazer algum tipo de justiça, reconheço. Mas significa, por um lado, que eu, negro, estou na Universidade não por mérito mas por ser negro. E que eu, branco, tendo notas iguais ao meu vizinho preto, fiquei de fora, enquanto ele entrou. Não me parece que seja este tipo de medidas que vai diminuir o ódio entre os dois mundos.
Em Portugal, voltou-se a falar das quotas para mulheres na Assembleia da República. O objectivo, mais uma vez, pode ser nobre, mas insisto: eu, como mulher, acharia insultuoso ser deputada não por ser a melhor para o lugar mas por faltar alguém para perfazer uma percentagem artificial. Além disso, não vejo bem que uma melhor distribuição por sexo dos deputados seja uma vantagem. Não me parece provado que as mulheres fossem representar melhor as vontades das eleitoras, nem me parece que seja um grande desejo das mulheres ter mais deputadas: se o for, alguém que crie um partido apenas de mulheres, que terá mais de metade dos votos garantidos.
Para mim, um país ter uma grande percentagem de mulheres no parlamento é apenas um bom sinal: um reflexto da sociedade, significando que nesta existe a tão desejada igualdade entre sexos. Mas se isto se obteve na AR artificialmente, por quotas, então não é bom sinal nenhum: é apenas sinal que alguém decidiu atalhar e mascarar a desigualdade por decreto.
Tomem-se medidas para que a igualdade na sociedade seja uma realidade, e isso será repercutido em todas as profissões, incluindo a de deputado. Se se confundir causa com efeito e se atacar o efeito, as causas continuarão lá como sempre.
quinta-feira, junho 08, 2006
Undertow orchestra
Foi na Terça-feira passada. A noite começou com Oliver Paine (ou Gonçalo Serras, como lhe chamam lá em casa). Parece bom rapaz, mas a nível musical não tenho muito de simpático a dizer sobre ele (são gostos). Começou por dizer que é um músico ainda anónimo, a trabalhar para deixar de o ser. E ainda tem muito que trabalhar, na verdade. Em primeiro lugar parece-me que tem que decidir que caminho quer percorrer: se quer ser o Chris de Burgh português, ou um novo Elton John, ou se se vira para o Tom Waits, ou para Edith Piaf. Mas há que percorrer algum caminho, porque onde está não está nada bem. Um colega que joga comigo futebol seria bem mais directo e diria: És fraco, fraco, fraco. Ah, e já agora, toda a gente percebeu a "piada" da orelha, só não acharam foi grande graça. No país que temos, ainda assim, não me admirava se o rapaz fosse em breve um caso de sucesso.
Não reparei nele dentro da sala, mas no intervalo o Burmester andava por lá. Cabe-lhe a ele, imagino, directamente ou indirectamente, a responsabilidade de garantir que a banda de suporte está enquadrada. Falhou, portanto.
Após o (merecido) descanso, o público foi recompensado com um grande espectáculo. os membros do supergrupo alternam cantando músicas suas, acompanhados pelos restantes elementos; na primeira ronda, tocaram-se três músicas de cada grupo.
O primeiro a entrar em cena foi David Bazan, com duas músicas de Pedro The Lion e uma terceira do projecto paralelo Headphones. Em seguida foi a vez de Will Johnson (que trouxe consigo Scott Danbom dos Centro-Matic, como teclista/violinista), sair de trás da bateria para trocar de posição com Bazan. À primeira vista parecia o mais tímido dos 4, mas acabou por ser, para mim, o que conseguiu os melhores momentos da noite.
Não consegui assistir ao concerto dos Centro-Matic há quinze dias em Famalicão, mas pareceu-me que Will Johnson disse que não correu muito bem: "it was a little weird there", referiu; agora, ao contrário, "it feels very nice". Ele e Eitzel acabaram por dizer que o local era "the best venue ever". E é: muito agradável a sala Guilhermina Suggia, apesar das cadeiras deslizantes e do dourado do órgão.
Vic Chesnutt teve também direito às suas 3 músicas, incluindo a metafórica Iraq. Mark Eitzel foi o último, e esteve ao nível do que já tinha mostrado no final do ano passado em Famalicão (com várias músicas repetidas, aliás). Seguiram-se, no mesmo formato, mais duas rondas, uma de duas músicas e outra de uma música por autor.
Entre outros comentários, houve ainda tempo para elogiar o vinho branco português ("much better than the mixture of tequilla and gasoline we have in Texas; and then they call it wine, and sell it for $8 a bottle; and we keep buying it..."), e também para Eitzel se confessar: "I am a gay man that always writes songs about women". No final, e apesar do próprio Bazan ter reconhecido que o concerto já ia muito longo, o público aplaudiu de pé. Só podia.
Não reparei nele dentro da sala, mas no intervalo o Burmester andava por lá. Cabe-lhe a ele, imagino, directamente ou indirectamente, a responsabilidade de garantir que a banda de suporte está enquadrada. Falhou, portanto.
Após o (merecido) descanso, o público foi recompensado com um grande espectáculo. os membros do supergrupo alternam cantando músicas suas, acompanhados pelos restantes elementos; na primeira ronda, tocaram-se três músicas de cada grupo.
O primeiro a entrar em cena foi David Bazan, com duas músicas de Pedro The Lion e uma terceira do projecto paralelo Headphones. Em seguida foi a vez de Will Johnson (que trouxe consigo Scott Danbom dos Centro-Matic, como teclista/violinista), sair de trás da bateria para trocar de posição com Bazan. À primeira vista parecia o mais tímido dos 4, mas acabou por ser, para mim, o que conseguiu os melhores momentos da noite.
Não consegui assistir ao concerto dos Centro-Matic há quinze dias em Famalicão, mas pareceu-me que Will Johnson disse que não correu muito bem: "it was a little weird there", referiu; agora, ao contrário, "it feels very nice". Ele e Eitzel acabaram por dizer que o local era "the best venue ever". E é: muito agradável a sala Guilhermina Suggia, apesar das cadeiras deslizantes e do dourado do órgão.
Vic Chesnutt teve também direito às suas 3 músicas, incluindo a metafórica Iraq. Mark Eitzel foi o último, e esteve ao nível do que já tinha mostrado no final do ano passado em Famalicão (com várias músicas repetidas, aliás). Seguiram-se, no mesmo formato, mais duas rondas, uma de duas músicas e outra de uma música por autor.
Entre outros comentários, houve ainda tempo para elogiar o vinho branco português ("much better than the mixture of tequilla and gasoline we have in Texas; and then they call it wine, and sell it for $8 a bottle; and we keep buying it..."), e também para Eitzel se confessar: "I am a gay man that always writes songs about women". No final, e apesar do próprio Bazan ter reconhecido que o concerto já ia muito longo, o público aplaudiu de pé. Só podia.
segunda-feira, junho 05, 2006
Gémeas Benetton
A Sábado relatava na semana passada que um casal inglês (ambos mestiços) tiveram duas "Gémeas Benetton": uma, branquíssima, loira, de olhos azuis; a outra, negra de olhos castanhos.
Segundo a revista as gémeas são inseparáveis. A história poderia ser um hino anti-racismo, se a notícia não acabasse com a informação de que a menina branca já quase sabe gatinhar, enquanto a negra está sempre a dormir...
Segundo a revista as gémeas são inseparáveis. A história poderia ser um hino anti-racismo, se a notícia não acabasse com a informação de que a menina branca já quase sabe gatinhar, enquanto a negra está sempre a dormir...
Amor é...
Ficar sentado ao lado de uma hospedeira (fora de serviço) no avião, conversar durante a viagem, e no final não pedir o contacto...
sábado, junho 03, 2006
Rumo ao título
Pelo que vi hoje, e para quem ainda tinha dúvidas, Portugal afirma-se como um fortíssimo candidato no Mundial da Alemanha.
A não ser, claro, que a selecção tenha o grande azar de encontrar pela frente selecções mais fortes que Cabo Verde e o Luxemburgo.
A não ser, claro, que a selecção tenha o grande azar de encontrar pela frente selecções mais fortes que Cabo Verde e o Luxemburgo.
sexta-feira, junho 02, 2006
Frankfurt (regresso)
Parece piada, mas não é.
Conversa no aeroporto, entre uma mãe e uma filha com uns 5 anos:
- Ó mãe, quanto quilómetros são da Suiça para o Porto?
- Dois mil.
- Dois mil? A pé?
- Filha, não, de carro. A pé não sei...
Conversa no aeroporto, entre uma mãe e uma filha com uns 5 anos:
- Ó mãe, quanto quilómetros são da Suiça para o Porto?
- Dois mil.
- Dois mil? A pé?
- Filha, não, de carro. A pé não sei...
Subscrever:
Mensagens (Atom)