sábado, março 25, 2006

O animal humano

Sessão dupla de cinema, esta terça-feira.
Primeiro, a Marcha dos Pinguins, talvez o filme mais humano que vi nos últimos tempos. A não perder, em especial por quem considera que faz muitos sacrifícios pelos filhos.
Depois, uma História de Violência, que mostra o nosso lado mais animal.
(as palavras humano e animal são usadas, obviamente, no sentido que nós, arrogantemente, lhe custamos dar: os pinguins certamente utilizariam palavras diferentes)
No filme, boa interpretação de Viggo Mortensen (com um passado de violência, sem dúvida causado pelo facto de ter tido de assistir ao vivo aos vários Senhores dos Anéis); Ed Harris, depois de nos ter mostrado que não sabia pintar, de novo em grande forma, mesmo sem um olho; e a mais velha das coiotes... humm.. enfim... tenho de me lembrar de lhe perguntar onde se compram aqueless uniformes de cheerleader!

domingo, março 19, 2006

Nóbeis

Lê-se Saramago e tem-se que admitir que, no geral, em cada livro, há uma ideia muito boa, que depois é desenvolvida ao longo do livro. Mas depois lê-se Cem Anos de Solidão, e parece ter ali mais material que em todos os livros de Saramago juntos...

sexta-feira, março 17, 2006

De capote

Bastava ver as amostras do Capote para saber que Philip Seymour Hoffman seria provavelmente o vencedor do Oscar deste ano, se conseguisse manter aquela voz e os maneirismos durante todo o filme. Impressionantemente, consegue. A sua actuação é realmente fantástica, mesma para o espectador médio, que nunca terá visto como é o Capote original; mas vê-lo, e comparar os dois, dá até arrepios.
Muito bem também Clifton Collins Jr. e até Catherine Keener, mas a ela prefiro vê-la em papéis mais femininos (e para mim ela será sempre a Marr - laaarr - Maax... ine - M-M-M - Maxine).
Ah, e é impossível sair do filme sem vontade de (re)ler o In Cold Blood e o To Kill a Mockingbird.

segunda-feira, março 13, 2006

Go, go, go...

Zack: It really didn't go as bad as it could have.
Adam: A girl is dead, Zack.
Zack: I didn't say it went perfectly.

sexta-feira, março 10, 2006

Final antecipada

O sorteio ditou que os gigantes Benfica e Barcelona se encontrarão nos quartos de final da Liga dos Campeões.
Fica já marcado portanto: dias 28 de Março e 05 de Abril defrontamos o Barcelona; dias 18 e 26 de Abril jogamos com o vencedor do Lyon-Milan; e no dia 17 de Maio, enchente benfiquista em Paris para o embate com o vencedor de Arsenal-Juventus e Inter/Ajax-Villareal.
A minha aposta: Benfica e 3 italianos nas meias.

quinta-feira, março 09, 2006

Cada vez mais gigante...

... e mais um resultado inédito: vencer em Anfield. Desta vez, o Benfica não se limitou a fazer o que precisava: fez ainda mais do que se lhe pedia.
Nos últimos 30 anos, o Liverpool é apenas a equipa com mais taças dos campeões europeus (5), seguido de Milan (4) e Real (3). Foi esta equipa, campeã europeia em título, que o Benfica eliminou sem apelo nem agravo, com 2 vitórias e por 3-0 no resultado das duas mãos.
E lá vai este Benfica, de resultado histórico em resultado histórico.

terça-feira, março 07, 2006

Não tenho culpa, somos todos assim...

Vi este Domingo na RTP1 José Hermano Saraiva, o nosso grande historiador (no sentido de contador de historinhas, claro). Defendia ele, entre outras palhaçadas, que Portugal é um país muito "tolerante", e prova disso é que em Portugal nunca tinha havido uma revolução. E insistia que não, que nem o 25 de Abril tinha sido uma revolução, na mesma onda de revisão história já tentada por um governo que tentou tirar o R da Revolução dos Cravos.
A teoria do senhor era que no dia 24 de Abril todos os portugueses apoiavam o Antigo Regime, e no dia 26 de Abril todos apoiavam o novo; ou seja, nada de revolução: simplemente passamos calmamente de um regime para o outro.
Conclusão: é preciso que alguém explique ao velhinho que, ao contrário dele, nem toda a gente era fascista antes do "E depois do Adeus"; e nem toda a gente ficou automaticamente democrata ao ouvir o "Grândola, Vila Morena". E alguém lhe explique que quem se "adaptou" assim tão rapidamente não é tolerante: é hipócrita, para não dizer pior.

segunda-feira, março 06, 2006

Surpresa

Parabéns à Academia por ter escolhido Crash para melhor filme e melhor argumento original de 2005. Dos filmes que vi, foi realmente aquele que mais o mereceu. O facto de esta escolha (que, num festival normal, deveria ser esperada) ser considerada uma surpresa diz bastante sobre o que são normalmente as escolhas dos Óscares.
Os Óscares para melhores actor e actriz principais também me parecem bem. Ainda não vi os cowboys, por isso não posso comentar os Óscares de melhor argumento adaptado e de Ang Lee, mas fico com pena que Paul Haggis não tivesse ganho (mas já era pedir demais).
Desilusões da noite: Munich e Good Night, and Good Luck (que ainda não vi), mas George Clooney acabou compensado com o biscoito de melhor actor secundário (que infelizmente não foi para http://www.imdb.com/name/nm0316079/).
Em termos de animação, e por muito trabalho que dê fazer bonecos de plasticina, por mim ganhava o Corpse Bride.
Já agora, é de notar que os principais filmes já por cá andam/andaram, o que contrasta com anos anteriores, e será sinal de que o intervalo de estreia entre EUA e Europa está realmente a ser reduzido; mesmo assim, os filmes ainda chegam primeiro em DVD's piratas na feira que ao cinema...

sexta-feira, março 03, 2006

Johnny Cash

Fui ontem ver, e gostei bastante do que vi: apetece poder ter vivido nessa altura, e ter assistido a concertos com Cash, Jerry Lee e Elvis no mesmo palco. Muito boas interpretações de Joaquin Phoenix e de Reese Witherspoon(!); a primeira Mrs. Cash, que acho que não conhecia, é bonitinha mas ainda tem que treinar um pouco mais. É pena também que o filme faça frequentemente lembrar outro (ainda demasiado na memória), só que desta vez em branco.
Já agora, descobri no filme que Mr. Cash, o Man in Black, afinal usava camisa interior branca; enfim, um amador nisto de vestir de preto.