sexta-feira, abril 28, 2006

Na praia...

Era para durar uma semana e acabou por durar um mês, mas a duas jornadas do fim acabei por perder o primeiro lugar.


Também no Golo.pt a semana correu mal, e saí do pódio.


A ver o que ainda se consegue fazer nas duas semanas que faltam.

quarta-feira, abril 26, 2006

Loliña (segunda tentativa)

À segunda foi de vez: na Net alguém prometia "uno de los mejores Bogavantes con arroz que hayas probado nunca", e realmente foi o que conseguimos desta vez comprovar no Loliña, em Carril (Vilagarcía de Arousa). O restaurante, ao que sei, perdeu a estrela Michelin em 2005, mas a verdade é que a comida é saborosíssima, com ou sem estrela. Falta agora provar o também muito aconselhado Guiso de Rapé - do irmão da Lola, na vizinha Casa Boveda.
Já agora, nota também bastante positiva para o Aguarela, em Esposende, onde comi há 2 semanas: um magret desta vez, mas conto voltar para provar o resto da (reduzida) ementa.
Em termos de preço, o Bogavante para duas pessoas no Loliña fica por 50€, o que faz a refeição passar facilmente para os 70 pelo menos (isto mesmo sem entradas, porque estas - Almejas a la Marinera, e também um delicioso Pulpo a la Gallega - tinham sido a caminho, 40 kms antes, em Combarro). No Galloufa, a refeição para duas pessoas tinha ficado também perto dos 70€, e no Aguarela "ficou-se" pelos 50€.

A arte do pop

Excelente concerto dos Pop Dell'Arte, sexta-feira passada na Casa da Música, em comemoração dos 20 anos de carreira. João Peste, desta vez vestido de romano, esteve em grande forma: quando o público já se queixava das pernas (o concerto foi sem cadeiras!), João Peste fez dois encores, cada um aí com meia dúzia de músicas. Umas duas horas de música, onde se ouviu (quase) tudo que o público pediu.
Quanto à Casa da Música... É o Souto Moura, penso, que costuma argumentar, quando lhe falam em custos, que já ninguém se lembra de quanto se gastou nas pirâmides do Egipto. Entrei no edifício pela primeira vez, e realmente só tenho que lhe dar razão.

segunda-feira, abril 24, 2006

Protestos

Notícia hoje no Público: "Pais fecham escola do Porto a cadeado em protesto contra encerramento".
Outras notícias relacionadas:
- Polícias espancam jovem em protesto contra a violência nas ruas
- Presidente de clube paga a árbitros em protesto contra a corrupção no futebol
- Grupo de católicos mata jovens grávidas em protesto contra o aborto

quinta-feira, abril 20, 2006

Onanismo

O polegar oponível terá certamente sido essencial para a evolução da nossa espécie, mas também me parece que contribui para que não se propague tão rapidamente.

quarta-feira, abril 19, 2006

Ainda sobre os duelos de gigantes

E assim nos vamos consolando...

1/8 Final, Stamford Bridge: Chelsea 1 - Barcelona 2
1/4 Final, Luz: Benfica 0 - Barcelona 0
1/2 Final, San Siro: Milan 0 - Barcelona 1

terça-feira, abril 18, 2006

O elemento surpresa: nos livros

Nos livros o caso é semelhante ao do cinema, para pior. Se um filme perde algum interesse se já sabemos o que vai acontecer após hora e meia, o caso é mais grave se em vez de hora e meia falamos de 350 páginas e um mês de leituras (de 10 páginas por dia antes de adormecer, que não consigo muito mais).
Como consequência, e para não arriscar, a escolha do próximo livro passa muito pelo que já sei do autor, e acaba por recair em autores consagrados, e quase sempre nos mesmos. Isto significa que estou sem dúvida a perder óptimos autores contemporâneos mas, de qualquer forma, não se pode ler tudo... e quem é que se pode dar ao luxo de apostar em autores desconhecidos se ainda não leu tudo que há para ler de Kafka, Borges, Rulfo, Garcia Marquez, Camus, Calvino, Dino Buzatti, Poe, Saramago, Dostoievsky, Gogol, etc, etc?

O elemento surpresa: na música

Já na música, o caso é completamente diferente. Não é que não seja interessante descobrir em palco um grupo pela primeira vez, mas nada como ouvir ao vivo as músicas que ouvimos já dezenas de vezes (obrigado, "Repeat Track") no CD do carro. Comparável, só o voltar a ouvir no CD do carro depois de ter assistido ao concerto, e irmo-nos lembrando dos maneirismos do artista.

domingo, abril 16, 2006

O elemento surpresa: no cinema

Há já bastante tempo que optei por me informar o mínimo possível sobre os filmes que vou ver. Cheguei à conclusão que saber antecipadamente parte do argumento diminui grandemente o prazer de ver o filme; por isso, informo-me apenas o essencial para saber se o vou ou não ver. Isto significou deixar de comprar a Premiere, e ler o Y sempre aí com um mês de atraso (não tive dificuldade em conseguir esta parte do atraso).
Por exemplo, vi o Fight Club na Finlândia, sem saber bem o que ia ver, e certamente não teria gostado do filme como gostei se soubesse alguma coisa do argumento. Como exemplo contrário, vi o Truman Show já a saber mais ou menos o que se ia passar, e não achei grande piada; se não soubesse nada talvez até tivesse gostado do filme, mesmo sendo-me difícil suportar a presença deste fulano.
Isto não quer dizer que não se possa ir ver um filme quando se sabe o que se vai passar (por exemplo, tinha já mais ou menos uma ideia de que a personagem principal iria morrer aqui), mas os filmes de que costumo gostar mais, com pontos de viragem no argumento ou finais inesperados, só têm a perder se nos informarmos sobre eles. Vi aquele que é o meu filme preferido dos últimos anos sem fazer a mínima ideia do que me esperava, e após 15 minutos ainda pensava que o filme não seria certamente todo assim...
Alguns filmes, no entanto, são tão badalados que é impossível não sabermos o que se vai passar, e que por isso vou ver a pensar que metade da piada já se perdeu. Foi com este preconceito que fui o ver o Brokeback Mountain: lá para o final, pensei eu, vai ter um twist do tipo de Crying Game. Afinal, nada disso: o twist é logo no início, e saber que isso se vai passar acaba por não prejudicar muito quem vai ver o filme. No entanto, e mesmo assim, o filme é "apenas" bom, e acaba por valer principalmente pela fotografia. Quanto ao argumento, seria uma simplíssima historieta de amor, se o responsável pelo casting, em vez do Donnie Darko, tivesse optado por exemplo pela sua irmã.
Em termos musicais, Ang Lee parece também ter ouvido o Country Gala 2 quando era novo, e fez-me realmente recuar ouvir músicas que pensava já ter esquecido.

quarta-feira, abril 12, 2006

V

"We have nothing to fear but fear itself", disse alguém há já mais de 60 anos. Hoje, quando o medo (seja ele dos aviões do Bin Laden, das ADM's do Saddam ou da bomba atómica do Irão) é usado mais uma vez para justificar a guerra e a perda de liberdades, a frase está mais actual que nunca. A acreditar nesta distopia orwelliana, fará ainda mais sentido daqui a umas dezenas de anos.
O filme, ainda que prejudicado pela utilização de alguns lugares comuns, acaba por estar muito bem conseguido na forma como V, um Edmond Dantés menos egoísta, prepara as suas peças de dominó até à revolução. A marcha triunfante dos mascarados não pode deixar de comover quem acredita que "o povo não deve temer os seus governos, os governos é que devem ter o seu povo".
A Natalie (a verdadeira razão, claro, que me levou a ver o filme) aparece como a cabeça rapada mais bonita desde que a Sinead chorou enquanto dizia que nada se compara a mim. Aliás, pode ser de mim, mas a tal Sinead pareceu-me bastante presente no filme: tal como na sua música, a Irlanda como vítima da Inglaterra aparece sempre como pano de fundo; o discurso que se ouve durante os créditos finais (que os funcionários do cinema fizeram o favor de cortar a meio), se não é o mesmo que abre o Universal Mother anda lá muito perto; e a história de Saint Mary's e Three Waters parece uma versão século XXI de "Famine" (do mesmo álbum), substituindo a falta de batatas por um vírus mortal.
Ainda em termos musicais, além de Jobim e Tchaikovsky, fica na memória a tal Natalie a dançar ao som de Antony, ainda que apenas durantes uns 10 segundos. Se a Igreja me tivesse prometido estes 10 segundos em vez de insossos querubins brancos, talvez hoje fosse mais religioso.
Impossível também não reparar na agenda gay presente no filme, associado a uma ideia de vítimas da sociedade: Deitrich é gay, a Valerie que escreve na prisão é gay. Bem, e quem escolhe Antony para a banda sonora.. :)
No geral, um filme sem dúvida a ver, com V de Verdade, Virtuoso, e Vingança, ainda que seja um pouco exagerado incluí-lo na lista dos melhores 250 de sempre, como acontece actualmente.

terça-feira, abril 11, 2006

Quem vai ganhar?

Nas últimas duas semanas, Paulo Brandão, actual director da Casa das Artes de Famalicão, tem sido falado para o cargo de programador do Teatro Circo, em Braga.
Pelo passado recente de Paulo Brandão (do pouco que conheço), estas poderão ser boas notícias para a cena cultural bracarense; no entanto, o passado da cidade mostra que não terá um trabalho fácil.
Quem vai ganhar, Paulo Brandão ou a (pasmaceira enraizada da) cidade?

sexta-feira, abril 07, 2006

Barbárie

Há uns 5 anos, quando os Talibãs decidiram destruir estátuas milenares de Buda, coros de protesto levantaram-se contra esta medida. Perdas irreparáveis para a Humanidade, diziam, obras-primas desaparecidas para sempre. Bárbaro!
No nosso dia-a-dia, no entanto, há perdas comparáveis contras as quais, incompreensivelmente, não vejo ninguém levantar a voz. À frente dos nossos olhos, meninas nos seus vinte e poucos deixam passar os melhores anos dos seus corpos, verdadeiras obras de arte, sem o partilhar com a Humanidade. Nenhum registo para a eternidade destas obras-primas, que se vão perdendo aos poucos, irrecuperáveis. Nós, apreciadores de arte, podemos apenas imaginar o que se está a perder, mas não é obviamente um substituto suficiente. Exigem-se medidas urgentes para terminar com esta barbárie.

quinta-feira, abril 06, 2006

... morreu

É a última a morrer, mas até ela morre. A esperança de ver o Benfica nas meias finais da liga dos campeões foi ontem fuzilada por Eto'o, muito perto do final do jogo. Todos sabiam (e Koeman sabia-o bem) que apenas num dia de sorte se poderia eliminar o Barcelona. Ontem, a estrelinha parecia estar connosco quando Moretto defendeu uma grande penalidade, mas depois abandonou-nos.
Como (parco) consolo, resta-nos pensar que até acabou por estar perto o golo da igualdade que daria a passagem à próxima fase, e que a melhor equipa do mundo se viu obrigada a queimar tempo, no seu próprio estádio, nos últimos 10 minutos de jogo; ou até pensar que tudo poderia ser diferente se no Estádio da Luz fosse assinalada uma grande penalidade em tudo idêntica à que foi assinalada ontem. No final, ouvimos Deco (de quem pelo seu percurso não se espera que seja mais simpático para o Benfica que para Mourinho) a dizer que acabou por ser uma eliminatória mais difícil do que a anterior com o Chelsea.
Para a história fica o facto de, vindos do quarto pote, termos conseguido avançar num grupo bastante difícil: um grupo onde o último classificado se chamou Manchester não é certamente um grupo fácil, e aliás foi o único a conseguir colocar 2 equipas nos oitavos; de termos eliminado o Campeão Europeu em título, vencendo mesmo, e por 2 bolas, em Anfield, e conseguindo 3-0 no conjunto das 2 mãos; e de acabarmos de cabeça erguida, eliminados apenas pelos grandes favoritos a levar o troféu este ano. Mesmo se, ao que tudo indica, o ano futebolístico acabar sem qualquer troféu, o Benfica deu-nos este ano alegrias como já não dava há muito tempo.

quarta-feira, abril 05, 2006

Esperança!

Espero estar na net daqui a 5 horas, emocionado, a ler todas as notícias que conseguir encontrar sobre o Barcelona - Benfica.

segunda-feira, abril 03, 2006

Embaraço


Foi notícia há uns 10 dias: a família do menor (14 anos na altura dos factos) decidiu retirar a queixa contra a sua professora, Debra Lafave (então com 23), com quem aquele manteve relações. A família retirou a queixa porque "o bem-estar do filho era mais importante", depois de o juiz ter recusado o pedido de não obrigar o jovem a testemunhar.
Percebe-se realmente o embaraço do puto: quem é que quer aparecer novamente em público a chorar-se por ter tido relações sexuais com a sua bonita, loira, professora de 23 anos.
Uma nota também para o azar inacreditável da menina: com tantos jovens borbulhentos a sonhar com uma oportunidade destas, logo haveria de escolher o único fedelho que se iria queixar aos pais e metê-la em tribunal.

domingo, abril 02, 2006

Nações

No DN da passada sexta-feira, António Pinho Vargas escreve sobre "a mão, evidente, de um defesa da Catalunha" no recente Benfica Barcelona. Referindo a "subjectividade nacional", conclui que "Em Portugal dir-se-á: há clara intenção de jogar com a mão. Em Espanha dir-se-á: não é óbvio que haja intenção."
É preciso estar muito desatento para não saber distinguir a Espanha da Catalunha.