Um dia que tenha uma livraria haverá uma secção destinada apenas a literatura de casa de banho.
Não sei se sou o único, mas perco algum tempo nas livrarias à procura de livros próprios para casa de banho. E nem falo de livros à prova de água, mas sim de algo muito mais simples: livros de pequeníssimos contos, ou crónicas, ou o que seja, que possam ser lidos no tempo de uma... humm.. ida à casa de banho (e sem correr o risco que seque). Como, segundo parece, este é talvez o local onde os portugueses mais lêem, há aí certamente um nicho de mercado para atacar.
A tal secção da livraria incluirá alguns clássicos, para se ter na casa de banho apenas para impressionar as visitas. Clássicos de literatura de casa de banho, claro: um Guerra e paz não tem ali lugar. Eu, de minha parte, tento sempre ter um outro com esse fim; e, quando visito a casa de alguém, peço sempre para ir à casa de banho, mesmo que não tenha outra vontade que não seja verificar o que têm lá para ler. Se nem uma Maria encontrar abandono o mais rapidamente a casa, porque é pessoa com quem não vale a pena perder tempo.
Já agora, e como ajuda a quem precise enquanto a minha livraria não abre, eis o que tenho neste momento no armário da casa de banho: Prosa Completa, de Woody Allen; O Melhor das Comédias da Vida Privada, Luis Fernando Veríssimo; O Regresso do Menino Nicolau, Goscinny e Sempé; Primeira Pessoa, Pedro Mexia; Vai Pensamento, Pacheco Pereira.
terça-feira, maio 16, 2006
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2 comentários:
Este post deu-me uma ideia... vou perguntar ao Carrilho se posso editar o livro dele em folha dupla, de desenrolar...
Pessoalmente tb tenho uma livraria, num quarto da casa onde tb mandei construir um WC mesmo ao lado e com vista para os ditos cujos livros (criteriosamente selecionadas) e que de vez enquando se RENOVA.
Em relação a sugestão do livro do Carrilho, neste eu não mexia...
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